24/07/2024 - 3 min Voltar

Expectativas e desafios para o varejo brasileiro no segundo semestre de 2024

As expectativas e desafios para o varejo brasileiro no segundo semestre de 2024 são diversos mediante períodos de incerteza econômica no país.

Diversas pesquisas e análises recentes apontam tanto sinais de crescimento quanto desafios persistentes que devem ser superados para garantir uma recuperação robusta e sustentável.

A seguir, abordamos as principais conclusões das pesquisas da IBEVAR e da Dito CRM, bem como a interpretação das incertezas destacadas pelo site Mercado & Consumo.

Crescimento e recuperação gradual do consumo

A pesquisa de intenção de compras da IBEVAR de julho de 2024 traz notícias promissoras, indicando um crescimento projetado de 3,96% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Este aumento sugere uma recuperação gradual do consumo, com uma projeção de crescimento contínuo de 1,13% em relação ao segundo trimestre de 2024 e um aumento acumulado de 3,39% do primeiro ao terceiro trimestre de 2024.

Esses números refletem também uma tendência positiva no consumo ao longo do ano, oferecendo uma perspectiva otimista para o varejo brasileiro. No entanto, é importante notar que essa recuperação é descrita como tímida e não generalizada, indicando que o aumento no consumo pode não estar sendo sentido de maneira uniforme em todos os setores ou regiões.

Desafios e incertezas econômicas

Apesar dos sinais de recuperação, a pesquisa de vendas de julho de 2024 aponta para uma instabilidade no período de julho a setembro, sugerindo que o crescimento não é constante. Ademais, o varejo ampliado, que inclui Veículos e Material de Construção, deve crescer 1,11% no mencionado período, enquanto a versão restrita do varejo, que exclui esses setores, projeta um recuo de 0,21%.

Essa instabilidade reflete incertezas econômicas e desafios estruturais que ainda precisam ser superados. A recuperação não generalizada pode estar ligada a fatores econômicos mais amplos, como flutuações na taxa de juros, inflação e condições de emprego, que influenciam diretamente o comportamento de consumo das famílias brasileiras.

Melhoria na qualidade dos cadastros e estratégias de CRM

O blog Dito destaca alguns avanços importantes no setor varejista, especialmente no que diz respeito à qualidade dos cadastros de clientes e à taxa de recompra. O índice de qualidade dos cadastros subiu de 59% em dezembro de 2023 para 60% em fevereiro de 2024, mostrando uma tendência de melhoria na organização dos cadastros de clientes. Marcas com os índices mais altos chegam a 93% de qualidade nos cadastros, indicando um esforço significativo para melhorar as estratégias de CRM.

A taxa média de recompra também aumentou de 59% em 2023 para 64% em 2024, refletindo o aprimoramento das estratégias de relacionamento com o cliente. No entanto, ainda há desafios, especialmente para varejistas com as piores taxas médias de recompra (7%), que precisam amadurecer suas estratégias de dados cadastrais.

Expectativas econômicas para 2024

A análise do site Mercado & Consumo sobre as incertezas para o varejo em 2024 destaca uma visão incerta após o primeiro trimestre do ano. Embora a variação das receitas das vendas dos associados do IDV tenha sido positiva de fevereiro para março, ajustando os dados pela inflação, os resultados positivos recentes são considerados inexpressivos.

Apesar das expectativas de crescimento econômico de 1,9%, impulsionado pelo consumo das famílias, e uma tendência de queda na taxa de juros, a intenção de consumo das famílias recuou 0,8% em março. Setores como móveis, eletrodomésticos e materiais de construção enfrentam dificuldades, enquanto outros, como artigos farmacêuticos e atacado de produtos alimentares, apresentam crescimento significativo.

 

O CRM idEver impulsiona ainda o varejo brasileiro

As pesquisas e análises apontam um cenário misto para o consumo e o varejo no Brasil em 2024. Há sinais de crescimento e recuperação, mas estes são descritos como tímidos e instáveis, com desafios persistentes em setores específicos. A recuperação não é generalizada, e certos segmentos do varejo ainda enfrentam dificuldades, refletindo a complexidade do panorama econômico atual.

Para garantir uma recuperação sustentável, é essencial que os indicadores econômicos continuem evoluindo positivamente e que haja um aumento na confiança dos consumidores e empresários. A evolução contínua das estratégias de CRM e a melhoria na qualidade dos cadastros são passos importantes para fortalecer o relacionamento com os clientes e impulsionar o crescimento do varejo brasileiro.